Definição

Cavidade ou escavação é um espaço que contém material gasoso, com ou sem nível hidroaéreo. No aparelho respiratório, Geralmente é produzida quando uma área de necrose comunica-se com uma via respiratória pérvia, de maneira que é possível sua drenagem. proporcionando drenagem. Cavidades são comumente encontradas em doenças como tuberculose, histoplasmose, câncer e infecções estafilocócicas.

Características radiológicas

A cavidade é vista como uma área de baixa atenuação dentro de uma consolidação, de um nódulo ou de uma massa pulmonar.

É importante analisar:

  • Localização;
  • Limites;
  • Conteúdo;
  • Presença de nível hidroaéreo (indica existência de pus ou outro conteúdo líquido, como secreções ou sangue);
  • Presença de lesões satélites; 
  • Espessura da parede:
    • paredes finas (menos de 4 mm) são comuns em associam-se a infecções crônicas (tuberculose, coccidioidomicose) e embolismo séptico;
    • paredes espessas podem estar associadasm-se àa carcinoma de pulmão e granulomatose de Wegener.
  • Revestimento interno da parede:
    • nodular ou lobulado no carcinoma de pulmão;
    • irregular no abscesso pulmonar;
    • liso na maioria das outras lesões cavitárias.
Sinal de Monod X Sinal do crescente aéreo

Ambos os sinais são caracterizados pela presença de uma coleção de ar em forma de menisco ou de meia-lua associada a uma lesão pulmonar, ou seja, uma (cavidade mais uma e consolidação).

Muitos indivíduos utilizam os dois termos como sinônimos. Entretanto, há diferenças entre eles, sendo que a principal delas consiste na mobilidade da massa intracavitária (Tabela 1):

  • O sinal de Monod faz referência a localiza-se dentro de ocupação de uma cavidade pré-existente por uma massauma lesão cavitária pré-existente, entre a parede superior da cavidade e a massa intracavitária, que se movimenta móvel com a mudança de decúbito; comumente essa massa é formada por hifas de Aspergillus e restos teciduais, quando é chamada de aspergiloma ou  é característico da ocupação por fungo de uma cavidade pulmonar pré-existente (bola fúngica).;
  • No sinal do crescente aéreo, a massa intralesional é imóvel; ocorre principalmente nos casos de aspergilose pulmonar invasiva em recuperação (outras causas na Tabela 1). Sujestão: Nesses casos, após a invasão vascular por hifas, ocorre trombose arterial e formação de uma hemorragia circunjacente. Durante o processo de resolução do quadro, parte do material necrótico é reabsorvido e ocupado por ar, enquanto a hemorragia permanece como um anel radiologicamente opaco excêntrico à lesão.a lesão.; . Esse sinal o crescente aéreo é resultado do preenchimento por ar do espaço entre o centro necrótico desvitalizado e o tecido hemorrágico opaco que circunda a área infartada. por ar.

 

  Sinal do crescente aéreo Sinal de Monod
Descrição Aro em crescente ou circunferencial formado por ar dentro de uma consolidação parenquimatosa ou de uma opacidade nodular Ar ao redor de uma bola fúngica em uma cavitação pulmonar pré-existente
Diagnóstico diferencial Aspergilose invasiva, carcinoma broncogênico, tuberculose pulmonar, abcesso pulmonar Aspergiloma
Mobilidade da massa Não é móvel É móvel dentro da cavidade
Mudança de acordo com posição Ausente Presente (gravidade-dependente)
Perfil do paciente Usualmente imunocomprometido Imunocompetente

Tabela 1. Diferenças entre o sinal do crescente aéreo e o sinal de Monod. Adaptado de Chest CT Signs in Pulmonary Disease: A Pictorial Review, Chest Journal (2017), disponível em: https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(17)30200-3/fulltext#figures

Referências
  • Silva CI, Müller NL. Tórax. Série Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. São Paulo: Elsevier Editora Ltda.; 2011.
  • Raju S, Ghosh S, Mehta AC. Chest CT Signs in Pulmonary Disease: A Pictorial Review. Chest Journal [Internet]. 2017 Feb 14 [cited 2020 Jul 16];6:1356-1374. DOI https://doi.org/10.1016/j.chest.2016.12.033. Available from: https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(17)30200-3/
  • Silva C, Müller N. Tórax Série Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. 1st ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2010.
Responsáveis

Aristeu Fonseca, acadêmico do 8° período da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.

Melina Assunção Gomes de Araújo, acadêmica do 10° período da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.

E-mail: melinaraujoo[arroba]gmail.com

Revisores

Almir Marquiore,