Enunciado Paciente do sexo masculino, 42 anos, com infecção por HIV há 15 anos, em uso regular de terapia antirretroviral (TARV), foi encaminhado para a Atenção Terciária a fim de investigar quadro de bradipsiquismo, confusão mental, dificuldade de marcha, fraqueza global (sobretudo à direita), náuseas, vômitos, diarreia e baixa acuidade visual direita, com um mês de evolução. Apresentou um episódio de crise convulsiva, sem febre. Foi realizada punção liquórica (que revelou infiltração por células B atípicas) e solicitada ressonância magnética (RM) do encéfalo. Imagem 1: Ressonância magnética (RM) do encéfalo, corte axial, ponderada em FLAIR. Imagem 2: RM do encéfalo, corte axial, em difusão (DWI) - (A) e mapa de coeficiente de difusão aparente. Imagem 3: RM do encéfalo, corte sagital, ponderada em T1, após injeção intravenosa de meio de contraste paramagnético (gadolínio). Pergunta:Considerando as afecções comuns do sistema nervoso central (SNC) em pacientes portadores de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida), qual o diagnóstico mais provável? Neurotoxoplasmose Linfoma primário do SNC Leucoencefalopatia multifocal progressiva Neurocriptococose Questão de Prova (Secretaria de Estado de Saúde/ES-2013) A respeito do linfoma primário do sistema nervoso central, relacionado à infecção pelo vírus HIV, assinale a opção correta: Diagnostica-se principalmente por exames de neuroimagem, com achados de lesões encefálicas difusas com pouco efeito de massa. O principal diagnóstico diferencial se faz com leucoencefalopatia multifocal progressiva. Caso seja possível, é desejável, como tratamento padrão, a ressecção cirúrgica completa de todas as lesões identificadas, de forma a se evitar quimioterapia e radioterapia. É comumente uma das primeiras complicações relacionadas à AIDS a se apresentar no paciente, pois requer um grau de imunossupressão menor do que outras doenças associadas ao HIV. O surgimento desta complicação é fortemente associado à infecção pelo vírus Epstein-Barr. É possível achar sequências do DNA Epstein-Barr no líquor da maioria dos afetados. O quadro clínico mais comum é a perda de força muscular progressiva, que se arrasta por mais de doze meses, com sinais de hipertensão intracraniana. A cognição costuma ser preservada. Time is Up! Time's up