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Pesquisa revela que apenas 15% das cidades brasileiras possuem tomógrafos

Em pesquisa, Tecnólogo em Radiologia destaca que apenas 15% das cidades brasileiras possuem tomógrafos.

“O nosso objetivo é contribuir de alguma forma na saúde pública do Brasil”. É com essas palavras que o pesquisador e tecnólogo em Radiologia, Ezequiel Núbio Lucas Pereira, define a importância da ciência na área da Radiologia. Sua pesquisa, inclusive, reforça o papel de heróis e heroínas no combate à COVID-19.
Autor do estudo “Análise da Distribuição Espacial de Tomógrafos no Brasil em Tempos de Pandemia”, o professor do Centro de Ensino Unificado do Distrito Federal (UDF) explica que as imagens de Tomografia Computadorizada (TC) do tórax têm desempenhado um importante papel no contexto de salvar vidas.
Só se via na mídia pesquisas voltadas para quantidade de leitos de UTI e respiradores. Depois, as atenções se voltaram para o quantitativo de testes rápidos. Em seguida, começaram a discutir sobre o número ideal de vacinas. Até então não tínhamos nenhum estudo sobre a distribuição dos tomógrafos. Infelizmente, constatamos uma má distribuição dos equipamentos”, explica o especialista.
De acordo com o estudo, os resultados apontam que no Brasil, entre fevereiro e junho de 2020, a produção ambulatorial mensal de exames de TC de tórax mais que dobrou. Entretanto, apenas 15,7% dos municípios brasileiros possuem tomógrafos. Dos 4944 aparelhos existentes no Brasil, 2553 estão disponíveis no SUS. Apesar da média nacional ser de 1,21 tomógrafo para cada 100.000 habitantes, observa-se que em vários estados a taxa fica bem abaixo desse valor, demonstrando assim um grande desequilíbrio na distribuição deste equipamento em todo território nacional.
“Sabemos que o Brasil é um país continental e que são muitos os desafios. Contudo, precisamos de uma gestão mais eficiente das tecnologias em saúde, para que a população tenha acesso aos exames mais especializados. Vale ressaltar que muitos brasileiros não têm condições de pagar por um exame de Tomografia, o que torna ainda mais evidente a necessidade de reavaliar a distribuição dos equipamentos”, finaliza Ezequiel.
Responsável pela Coordenação Nacional de Educação do Conselho Nacional de Técnicos e Tecnólogos em Radiologia (CONTER), a conselheira federal TR. Sílvia Karina Lopes da Silva reforça que o estudo é mais um exemplo de como os profissionais das técnicas radiológicas estão presentes em todas as etapas do enfrentamento da doença.
“Não só estamos na linha de frente como também temos embasamento científico para fazer a diferença na sociedade. São dados importantes que orientam os responsáveis para melhores tomadas de decisão na área da saúde”, explica a representante da CONAE.

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