Enunciado Paciente masculino, 66 anos de idade, procedente da região de Itabira, apresenta disfagia progressiva há 5 anos, evoluindo com regurgitação, pirose, tolerância apenas para alimentos pastosos e líquidos, e perda ponderal involuntária de 10 kg. Portador de marcapasso cardíaco e hipertenso, com histórico de tabagismo (56 anos-maço) e etilismo. Endoscopia digestiva alta (EDA): esôfago dilatado, com grande quantidade de resíduo claro aspirável. Solicitado esofagograma com sulfato de bário.Imagem 1: Esofagograma com sulfato de bário, paciente em ortostatismo, incidência posteroanterior. Transição esofagogástrica. Pergunta: Considerando a história clínica e o exame de imagem apresentados, qual o diagnóstico mais provável? Carcinoma esofágico Megaesôfago chagásico grupo III (Classificação de Rezende) Pseudoacalásia secundária a carcinoma gástrico Megaesôfago chagásico grupo IV (Classificação de Rezende) Questão de Prova [UFT Residência Médica 2014 - Cirurgia do Trauma e Cirurgia Vascular] Com relação ao megaesôfago chagásico, podemos afirmar: A endoscopia digestiva alta tem uma alta sensibilidade e especificidade para o seu diagnóstico, podendo ainda classificá-lo quanto ao seu grau de dilatação. Tratamento endoscópico com dilatação e injeção de toxina botulínica é utilizado em qualquer fase da doença, com resultados superiores ao cirúrgico. Pacientes com risco cirúrgico baixo devem ser submetidos à esofagectomia, uma vez que a doença eleva o risco de câncer do esôfago. O exame radiológico com contraste oral deve ser evitado devido ao alto risco de broncoaspiração. A endoscopia digestiva alta é indispensável para a avaliação do estado da mucosa esofágica, nos pacientes com megaesôfago chagásico. Time is Up! Time's up